quinta-feira, 23 de abril de 2009

E no fim a Liberdade.

Estava escrevendo, sentiu a orelha pesada. Pensou que fosse cansaço, eram onze da noite, estava fazendo hora extra. Escrituário de uma firma de tecido, solteiro, trinta e cinco anos, ganhava pouco, reforçava com extras. Mas o peso foi aumentando e ele percebeu que as orelhas cresciam. Apavorado, passou a mão. Deviam ter uns dez centrimetros. Eram moles, como de uma cachorro. Correu ao banheiro. As orelhas estavam na altura do ombro e continuavam crescendo. Procurou uma tesoura, ia cortar a orelha, não importava que doesse. Mas não encontrou, as gavetas das moças estavam fechadas. O armário do material também. O melhor era correr para a pensão, se fechar, antes que não pudesse mais andar na rua. Chegou à pensão foi correndo para o banheiro, suas orelhas haviam parado de crescer, porém esta parecendo pelos pelo rosto. Logo pensou, devo ter esquecido de cortar a barba, com tanto trabalho e horas extras... Deitou-se, acreditando que sua orelha voltaria ao normal e "rezando" para que os pelos fossem de barba. De repente levanta agitado para um novo dia, vai para o banheiro fazer sua higiêne pessoal, quando desliza a mão pelo rosto como uma forma de espantar o sono percebe os pelos, fica totalmente desconcertado, pegou o prestobarba e começou a tirar os pelos do rosto se agaichou para tirar os pelos do pé e quando acabou, voltou a se olhar no espelho. Horrorizado percebeu que os pelos haviam voltado extremamente rápido e sua orelha ainda estava grande, seu rosto estava mudando, estava se transformando aparentemente em um "cachorro racional". Decidiu faltar ao trabalho, depois de tanto tempo sem cometer nenhum atraso, durante dois dias teve que permanecer na pensão trancado e a cada minuto que passava mais ele se parecia com um cachorro, criara patas e focinho, mas ainda pensava. A Zeladora da pensão que já não via este morador há um bom tempo resolveu investigar... Tocou a campainha e nada... Depois de horas tocando a campainha, arrombou a porta com a ajuda de um vizinho e de lá sai um COCKER lindo, ofegante em busca da liberdade, liberdade com horas extras.

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Uma ilha só minha.

Uma ilha só minha.
Queria ter uma ilha só minha; Onde eu pudesse escolher quem nela viveria; Onde eu pudesse escolher os versos que recitaria; Onde pudesse escolher as palavras que usaria; Com ou sem ousadia; Tudo com muita alegria; Coqueiros e vento em plena harmonia; Pedras em volta; Onde a àgua bateria; E no meio uma cabaninha; Onde eu escreveria meus versos, rimas e poesias; Com cereteza não seria uma ilha muito comum com todas as minhas idéias incomuns; Mais tudo que se ouviria seriam palavras que estivessem em plena harmonia; Sem autoridades e suas hipocrisias; Sem superiores; Apenas muitas cores flores, sem dores; A comida seria muito farta; Todos se conheceriam; Cresceriam juntos; Pés no chão; E muito amor no coração; Com todas estas características incomuns nos dias de hoje; É com essas características que seria a ilha, ''só minha''. [TUDO de minha autoria]